Queridas pessoas amigas,
Devido à quebra de diversos plugins e de algumas de nossas imagens terem misteriosamente sumido aqui do Blogspot, migramos de vez para o Wordpress.
Visita a gente lá!
dobrinhas.wordpress.com
27.4.20
2.5.18
Ninho de Tsuru!
Ainda muito discreta, já pode ser observada a surgente e fértil relação entre origami e crochê que vêm se mesclando para o ressurgimento do atelier Dobrinhas. Muito estudo, reflexão e afeto estão sendo mobilizados nessa gestação.
Convido todo mundo a acompanhar esse processo.
Beijo grande!
Na montagem tem módulos Sonobe arrematados pelos meus modulinhos de fechamento, um tsuru, folhinhas e pena em crochê.
Convido todo mundo a acompanhar esse processo.
Beijo grande!
Na montagem tem módulos Sonobe arrematados pelos meus modulinhos de fechamento, um tsuru, folhinhas e pena em crochê.
24.10.17
Era uma vez, o segundo dilúvio!
Em 1999, Pierre Lévy trouxe a figura do segundo dilúvio traçada pelo seu amigo Roy Scott à tona para nos fazer refletir sobre as consequências da produção e reprodução irrefreável de informações e meios baseados nas telecomunicações.
Como era bonito imaginar as pessoinhas nos seus barquinhos e pranchas de surf transitando livremente entre sites, blogs, e-mails. Lévy dizia: “Temos que ensinar nossos filhos a nadar, a flutuar, talvez a navegar”.
Mas, a imagem do dilúvio foi mais longe e Lévy nos fez imaginar um Noé que fizesse a seleção do que o futuro deveria desfrutar. E da escotilha, Noé veria outras tantas Arcas infinitamente dispostas sobre o mar de informações, cada qual com uma seleção, a fim de se garantir a diversidade.
Infelizmente, não foi assim que aconteceu.
Quando Noé, somente um Noé, arrumou a sua seleção, Jeová Zuckerberg fechou a Arca por fora e quebrou-lhe uma garrafa do melhor champagne, batizando-a Facebook. A imensurável Arca azul nunca conseguiu aportar no Monte Ararat e a previsão tão linda de Lévy foi sufocada pela praga do algoritmo. Mas, essa mesma praga começou a corroer a Arca. Os escolhidos por Noé discretamente arrancam tábuas e pregos para construir pequenas, porém contagiantes, embarcações, os grupos do Facebook.
Através das escotilhas já se avista o surgimento de nadadores, surfistas e pessoas em dinâmicas formas nascidas do encontro de suas boias feitas de velhas câmaras de pneus que encontraram a flutuar.
Venham olhar!
Convido também todo mundo a fazer exercícios de memória acerca do que era a internet no início dos anos 2000, de reflexão acerca de como aquela diversidade minguou e de vislumbre acerca de como podemos desmontar o navio de cruzeiro que nos aprisionou para voltarmos à livre expressão de outrora.
Tenho pensado muito nisso, em me diasporar!
E nem preciso ter medo, porque, se eu me afogar lá fora, sempre poderei voltar.
Afinal, o facebook é e sempre será gratuito!
\o/
4.5.17
Tenho um dragão que mora comigo.
Assim começa Os dragões não conhecem o paraíso, um dos contos mais devastadores de Caio Fernando Abreu, que fala sobre um ser que não reconhece o belo e o terno, que destrói tudo e deita-se sobre as cinzas.
Não, não é desse dragão que estou falando.
Na verdade, foi pelas dragães que me apaixonei, as dragoas mães, que se espelham e alimentam de vulcões. Talvez, devesse dizer vulcães, aqueles que acolhem, fertilizam, fortalecem, mas não matam. As dragães não chocam seus ovos. Preciosos, precisam ser espalhados pelo mundo bem escondidos até a hora da eclosão. Lá de dentro, as draguinhas vão aprendendo, sem se contaminarem, tudo sobre a natureza e os seres humanos.
Todo mundo pode ter um, basta vasculhar fundo no coração. Lá estará um ovinho. Cuide bem dele, ajude nas pequenas explosões e sinta a força dessa criatura parceira crescendo com você, como Jorge deve ter sentido.
As armas de Jorge são endógenas, sabia?
***
De que cor é o dragão que você teria em casa?
Em março, fiz uma enquete atendida de pronto por dezenas de amigos. Senti o prazer que todo mundo teve ao conceber suas respostas. A partir dela, surgiram dezenas de dragõezinhos, supercoloridos na primeira leva, feita exclusivamente para o niver de Thato.
Na segunda leva, me empenhei em atender às cores mais pedidas: azul, verde, vermelho e roxo. Para compor, logo encontrei a kusudama Etna de Maria Sinayskaya e outras duas também dela com o topo das pirâmides abertas por onde a lava poderia sair. Estudei cores de vulcões, de suas lavas, e fiquei séculos matutando em como referenciar a Caldeira de Yellowstone - Uau! -, sendo salva por Sonobe. Esta produção estará disponível no Bazar Traga Sua Obra de Dia das Mães da MauMau.
Muito obrigada a todas que me acompanharam ao longo dessa fissura, verdadeira fenda mental coletiva.
Beijo grande!
Links:
bichinhos,
kusudama,
Maria Sinayskaya,
origami,
Sonobe
29.3.17
Um ninho de corais!
Meu filho é criado em rede.
Pensando bem, eu nem deveria dizer que tenho um filho, assim no singular, pois nós o temos. Meus pais, minhas irmãs, minha tia Eva, minha prima Simone, meu sobrinho Diogo, além de meus amigos e amigos dele, todo mundo cuida do pirraia desde sempre, cada um observando um aspecto em que pode dar uma mãozinha.
Acho que todo mundo devia ter esse dever e esse privilégio. Todo mundo é responsável por todas as pessoas que nascem.
Foi a partir de pensamentos como esse que nasceu esta peixinha. Protegida por todas, vive em um lindo coral de onde é livre para ir, vir e se arriscar. Ninguém fica cantando "o mundo é um moinho" na cabeça dela.
Hehehe
:D
A Kusudama desenhada por Tomoko Fuse - amo! - foi fundamental para a criação dessa peça. Seus módulos simples e elegantes como pequenos catamarãs me levaram a adicionar um barquinho tradicional ao móbile. Na kusudama, usei o mesmo papel do barquinho, mas com intervenção em spray, pois os azuis são impossíveis de se encontrar no Recife (não no recife onde vive a peixinha, mas onde eu vivo, hehehe lá, azul deve ser o que mais tem.).
Encimando tudo, um solzinho Froebel.
Os módulos da kusudama.
Os barquinhos que vieram mimetizá-los.
Ah! Os peixinhos! Foi Paulo Mulatinho quem me deu um de isca.
Desfiz e aprendi.
Perfeitos!
30.11.16
Estripulinhas!!!
Muita gente está confusa com meus bordados recentes, mas o fato é que essa é uma tradição de família passada de mão em mão.
Minha avó Carminha fazia vestidos de noiva, buquês, grinaldas e enxovais para as famílias moradoras do engenho que meu avô administrava. Ela bordava lindamente e com uma pegada bem contemporânea, sem laçarotes, nem ramalhetes.
Bordado de vovó Carminha - detalhe de colcha de cama
Somos uma reca de irmãs e primas, muitas meninas! Arranjavam todo tipo de distração para aquelas pestinhas! Minha mãe e minha tia Eva nos ensinaram a bordar, mas tínhamos que seguir riscos previamente definidos. Aprendi os pontos, mas não me interessei muito.
Até que Kiichi resolveu vir ao mundo e eu voltei a bordar. Eram temas loucos, de girafas e hipopótamos a los três amigos! Mas, uma vez mais os riscos não eram meus. Eram de um lindo livro italiano que comprei não lembro mais onde.
Ao longo das décadas, fiz algumas intervenções caligráficas aqui e ali, mas não me empolgava.
Nesse ínterim, vi até ponto cruz na Bienal e conheci projetos autorais, como o gracioso e generoso Mar de Linhas, que brinca com crochê e bordado lá em Alagoas.
Mas não me via ainda fazendo essas estripulias.
Foi quando o convite para a redação de um catálogo me levou a Passira, uma cidadezinha agrestina bem quente e pequenina. Lá, parece que o tempo parou. Tem gente que vive só de bordar, dezenas de famílias! Mas, os temas são bem tradicionais e os riscos, guardados e replicados como se fossem tesouros arqueológicos.
Acho chato repetir, repetir e eu não viveria bordando as mesmas florinhas e bainhas que eu nem mesmo concebi. Porém, durante a pesquisa sobre a história da técnica em dissertações, teses e vídeos de colóquios, encontrei um outro ponto de vista, o da liberdade. Aquelas professoras sabidas afirmavam com muita categoria que as máquinas chinesas tinham nos libertado da repetição! Que agora, sim, podíamos lidar com o bordado como forma de expressão.
Que beleza!
\o/
Relembrei os pontos e as ideias de associação das Dobrinhas com o bordado não paravam de surgir. Daí, nasceram as Estripulinhas - obrigada pelo nome fofo, querida Sarah!!!
O resultado são releituras de kusudamas sob a forma de quadrinhos com aplicações.
<3 p="">
Amando fazer isso!!!
\o/
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Minha avó Carminha fazia vestidos de noiva, buquês, grinaldas e enxovais para as famílias moradoras do engenho que meu avô administrava. Ela bordava lindamente e com uma pegada bem contemporânea, sem laçarotes, nem ramalhetes.
Bordado de vovó Carminha - detalhe de colcha de cama
Somos uma reca de irmãs e primas, muitas meninas! Arranjavam todo tipo de distração para aquelas pestinhas! Minha mãe e minha tia Eva nos ensinaram a bordar, mas tínhamos que seguir riscos previamente definidos. Aprendi os pontos, mas não me interessei muito.
Até que Kiichi resolveu vir ao mundo e eu voltei a bordar. Eram temas loucos, de girafas e hipopótamos a los três amigos! Mas, uma vez mais os riscos não eram meus. Eram de um lindo livro italiano que comprei não lembro mais onde.
Ao longo das décadas, fiz algumas intervenções caligráficas aqui e ali, mas não me empolgava.
Nesse ínterim, vi até ponto cruz na Bienal e conheci projetos autorais, como o gracioso e generoso Mar de Linhas, que brinca com crochê e bordado lá em Alagoas.
Mas não me via ainda fazendo essas estripulias.
Foi quando o convite para a redação de um catálogo me levou a Passira, uma cidadezinha agrestina bem quente e pequenina. Lá, parece que o tempo parou. Tem gente que vive só de bordar, dezenas de famílias! Mas, os temas são bem tradicionais e os riscos, guardados e replicados como se fossem tesouros arqueológicos.
Acho chato repetir, repetir e eu não viveria bordando as mesmas florinhas e bainhas que eu nem mesmo concebi. Porém, durante a pesquisa sobre a história da técnica em dissertações, teses e vídeos de colóquios, encontrei um outro ponto de vista, o da liberdade. Aquelas professoras sabidas afirmavam com muita categoria que as máquinas chinesas tinham nos libertado da repetição! Que agora, sim, podíamos lidar com o bordado como forma de expressão.
Que beleza!
\o/
Relembrei os pontos e as ideias de associação das Dobrinhas com o bordado não paravam de surgir. Daí, nasceram as Estripulinhas - obrigada pelo nome fofo, querida Sarah!!!
O resultado são releituras de kusudamas sob a forma de quadrinhos com aplicações.
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Amando fazer isso!!!
\o/
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11.6.16
Sobre brochuras, brocardos e o significado da leitura!
Queridos amigos,
Nossa casa foi invadida por uma enchente na última grande chuva que caiu sobre Olinda poucas semana atrás. Efeito não só da força da natureza, mas também da irresponsabilidade dos poderes públicos em diversos níveis.
Como havia mais de 20 anos que não entrava uma gota aqui, relaxamos quanto à altura segura para se guardarem os livros. Assim, toda a literatura que forjou a infância e adolescência de Kiichi se perdeu. Os dragões de Eragon não soltam mais fogo, a varinha de Harry está dando defeito, até parecia uma das maldades do Conde Olaf e não teve toalha de Arthur Dent que desse conta.
:o
Desolado, o pequeno nipoafricano deixou os livros empapados em água suja no quintal, ainda ensaiou alguns brocardos sobre as brochuras, mas desistiu.
Foi então que a mágica funcionou na minha cabecinha prolixa! Aqui é a terra da Febre do Rato! Liguei para Dra. Tora, minha irmã infectologista para saber como tornar viáveis aqueles papéis e tome dois dias de vinagre e sol nas páginas já soltas.
O símbolo preferido de Kiichi no livro Senhor dos Anéis, que já havia se tornado tatuagem no seu braço, virou inspiração para a criação da peça. Adaptei os módulos Sonobe para um formato elipsoide de revolução (adoro!!!), com mais de 30 peças, mas não sei exatamente quantas. Escolhi estrelas de oito pontas e criei raízes mágicas com canudos de papel.
Usei o mínimo de cola branca possível e amarrei tudo com linha de encadernação, em referência às brochuras originais.
E voilá!
Que acharam?
:D
Nossa casa foi invadida por uma enchente na última grande chuva que caiu sobre Olinda poucas semana atrás. Efeito não só da força da natureza, mas também da irresponsabilidade dos poderes públicos em diversos níveis.
Como havia mais de 20 anos que não entrava uma gota aqui, relaxamos quanto à altura segura para se guardarem os livros. Assim, toda a literatura que forjou a infância e adolescência de Kiichi se perdeu. Os dragões de Eragon não soltam mais fogo, a varinha de Harry está dando defeito, até parecia uma das maldades do Conde Olaf e não teve toalha de Arthur Dent que desse conta.
:o
Desolado, o pequeno nipoafricano deixou os livros empapados em água suja no quintal, ainda ensaiou alguns brocardos sobre as brochuras, mas desistiu.
Foi então que a mágica funcionou na minha cabecinha prolixa! Aqui é a terra da Febre do Rato! Liguei para Dra. Tora, minha irmã infectologista para saber como tornar viáveis aqueles papéis e tome dois dias de vinagre e sol nas páginas já soltas.
O símbolo preferido de Kiichi no livro Senhor dos Anéis, que já havia se tornado tatuagem no seu braço, virou inspiração para a criação da peça. Adaptei os módulos Sonobe para um formato elipsoide de revolução (adoro!!!), com mais de 30 peças, mas não sei exatamente quantas. Escolhi estrelas de oito pontas e criei raízes mágicas com canudos de papel.
Usei o mínimo de cola branca possível e amarrei tudo com linha de encadernação, em referência às brochuras originais.
E voilá!
Que acharam?
:D
27.4.16
Pequenas Tartarugas!
Sou apaixonada por Tomoko Fuse, todo mundo sabe!
Mas, faz uns 10 anos que aprendi a dobrar a kusudama Little Turtle e nunca consegui chegar a uma montagem que me agradasse. Sou pioneira no uso lúdico de animaizinhos e flores penduradinhos entre o pingente e a kusudama e queria muito encontrar tartaruguinhas que dialogassem direitinho com esse modelo. Vejam como o módulo se parece mesmo com uma tartaruguinha:
Para ser montado, precisa de mais duas dobrinhas, a fim de criar bolsinhos para encaixes, ficando assim:
Mas, não seria o caso de usar os próprios módulos para a representação de tartaruguinhas? Experimentei e não me agradei. Estudei tartarugas, umas fáceis, outras rebuscadas, e nada.
Até que a simplicidade saltou diante dos meus olhos. Não era um sapinho, mas juro que saltou. hehehe.
Encontrei a tartaruguinha dialogante! :D
A kusudama virou um ninho, bordou-se de fios de mar, e de lá brotaram seguindo o verde-azul, as tartaruguinhas.
3>
12.7.15
Oficina propicia experimentos em dobraduras no mundo da moda
O
projeto de Cecília Pessôa e Eva Duarte foi aprovado via Convocatória Nacional
do FIG
Dobraduras Efêmeras e Sustentáveis é
o título da oficina criada por Cecília
Pessôa e Eva Duarte para refletir e pôr em prática a utilização das
dobraduras em materiais diversos no mundo da moda rumo à sustentabilidade. A
atividade foi selecionada para a grade de Formação Cultural da 25ª edição do
Festival de Inverno de Garanhuns. Os encontros acontecem de 20 a 24 de julho na Casa Galeria
Galpão. As inscrições são gratuitas e estão abertas até o dia 17 de julho na Secretaria
de Cultura do município.
Durante
as 20 horas/aulas, as facilitadoras pretendem conduzir os
participantes através de conteúdos que vão da história das dobraduras à sua
utilização sustentável como técnica e inspiração estética em lugares diversos
do mundo da moda, de acessórios e peças de vestuário a criação de cenografias
para desfiles e ensaios fotográficos. Teoria e prática se revezarão, apoiadas
por apresentações de verdadeiras sessões de imagens.
Apesar
de lúdica, a oficina objetiva a criação de protótipos de produtos na área de
vestuário, com ênfase em acessórios e no emprego sustentável dos recursos
envolvidos, ampliando as possibilidades para muito além do conhecido origami
(dobradura em papel), levando os participantes a uma reflexão sobre a produção
sustentável que se refletirá em um consumo consciente da moda. Nas práticas,
serão usadas técnicas básicas de dobraduras em tecido e outros materiais
flexíveis e sustentáveis, como tetrapak, pet e sobras de tecidos.
SERVIÇO
Oficina
“Dobraduras Efêmeras e Sustentáveis”
Ministrantes:
Cecília Pessôa e Eva Duarte
Casa
Galeria Galpão
20
a 24 de julho de 2015
Inscrições
até 17 de julho na Secretaria de Cultura de Garanhuns, Rua Treze de Maio, s/nº,
sala 5, no bairro de São José. Segunda a sexta-feira, das 8h às 14h.
30.4.15
Minha mãe é uma coruja! Oba!
Minha reverência às mães que cuidam sozinhas dos seus filhotes todos os dias,
com amor, diálogo, cuidado e muito reforço na autoestima dos pequeninos.
Como prevenção, é sempre bom não ter amigas-águias por perto.
:D
com amor, diálogo, cuidado e muito reforço na autoestima dos pequeninos.
Como prevenção, é sempre bom não ter amigas-águias por perto.
:D
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